A primeira encíclica escrita pelo
próprio Papa Francisco, Laudato si, trata do meio ambiente. Poderia falar, convenhamos,
sobre tantos outros temas, mas ele quis clamar pela natureza e isso faz todo o
sentido.
Antes de começarmos qualquer simples
análise sobre tudo o que ele escreveu, viemos lembrar das quantas vezes os
Bispos de Roma já seguiram esta linha e o tão pouco foram ouvidos.
Conforme citado logo no início da Encíclica
e apresentado através da Campanha da Fraternidade em 2011, “A criação geme em
dores de parto”, ou seja, assistimos à degradação do Planeta Terra, obra
Divina, e poucos dão importância a isso.
De acordo com a encíclica Laudato si,
o Santo Papa João XXIII, usando de toda a
sua sabedoria e coragem, escreveu uma encíclica no momento
em que o mundo estava oscilando sobre o fio duma crise nuclear. No documento,
ele não desconsiderou a realidade da guerra, mas clamou por paz: “Pacem in terris”. Tomando como exemplo a
Encíclica de João XXIII, a qual foi destinada não só aos católicos mas à todas
as pessoas de bem, Francisco escreve sobre outra crise, que também deve abalar
o mundo inteiro, atingir até mesmo quem não crê, afinal, compartilhamos todos o
mesmo habitat.
Em 1971, conforme também consta na Laudato si, o Beato Papa Paulo VI tratou de
ecologia, na época, vista em estado de crise como conseqüência das atividades descontroladas
do ser humano. A exploração da natureza começava a ser vista como um problema:
“falou da possibilidade duma «catástrofe ecológica sob o efeito da explosão da
civilização industrial», sublinhando a «necessidade urgente duma mudança
radical no comportamento da humanidade» – Tiremos nossas próprias conclusões
sobre o que aconteceu nas dezenas de anos seguintes.
Paulo VI não estava vendo além do seu
tempo e nem Francisco está atrasado, estão ambos, tentando alertar-nos sobre o
que não queremos ver.
São João Paulo II também abordou o
assunto em diversas oportunidades. A encíclica "Redemptor Hominis" (Redentor dos Homens), adverte que o ser
humano parece «não dar-se conta de outros significados do seu ambiente natural,
para além daqueles que servem somente para os fins de um uso ou consumo imediatos».
Mais tarde, convidou a uma conversão ecológica global.
Por fim, Bento XVI renovou o convite a
«eliminar as causas estruturais das disfunções da economia mundial e corrigir
os modelos de crescimento que parecem incapazes de garantir o respeito do meio
ambiente».
O planeta terra grita por socorro e não
seria preciso uma Encíclica para nos alertar sobre isso. Tratar sobre o meio
ambiente também em nossas reuniões nos grupos de base é um ponto fundamental. É
preciso que nós, jovens, estejamos atentos à pequenos atos, que podem fazer a
diferença. Sabemos por acaso como funciona a coleta seletiva de lixo em nossa
cidade? Sabemos quais dos nossos colegas do Grupo de Jovens participam da
coleta seletiva em casa?
Acaso nos preocupamos em saber o quanto
de nossa cidade já possui de saneamento básico e se possui? Eis uma causa pela
qual pouco lutamos.
A ideia é refletir, sobre todos os
aspectos que envolvem o tema e criar oportunidades sobre isso. Aos
coordenadores e lideranças, criem encontros para debater sobre o meio-ambiente,
criem ações de limpeza, materiais de reflexão. Que possamos seguir o exemplo do
Papa Francisco e de tantos outros que já alertaram o mundo, o qual, continua de
olhos fechados.
Este texto possui trechos copiados da Carta
Encíclica escrita pelo Papa Francisco.
Leia a Encíclica completa: CLIQUE AQUI
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