27 de julho de 2015

Sobre a encíclica de Francisco, outros tantos que já gritaram pelo Meio Ambiente

A primeira encíclica escrita pelo próprio Papa Francisco, Laudato si, trata do meio ambiente. Poderia falar, convenhamos, sobre tantos outros temas, mas ele quis clamar pela natureza e isso faz todo o sentido.
Antes de começarmos qualquer simples análise sobre tudo o que ele escreveu, viemos lembrar das quantas vezes os Bispos de Roma já seguiram esta linha e o tão pouco foram ouvidos.
Conforme citado logo no início da Encíclica e apresentado através da Campanha da Fraternidade em 2011, “A criação geme em dores de parto”, ou seja, assistimos à degradação do Planeta Terra, obra Divina, e poucos dão importância a isso.
De acordo com a encíclica Laudato si, o Santo Papa João XXIII, usando de toda a sua sabedoria e coragem,  escreveu uma encíclica no momento em que o mundo estava oscilando sobre o fio duma crise nuclear. No documento, ele não desconsiderou a realidade da guerra, mas clamou por paz: “Pacem in terris”. Tomando como exemplo a Encíclica de João XXIII, a qual foi destinada não só aos católicos mas à todas as pessoas de bem, Francisco escreve sobre outra crise, que também deve abalar o mundo inteiro, atingir até mesmo quem não crê, afinal, compartilhamos todos o mesmo habitat.
Em 1971, conforme também consta na Laudato si, o Beato Papa Paulo VI tratou de ecologia, na época, vista em estado de crise como conseqüência das atividades descontroladas do ser humano. A exploração da natureza começava a ser vista como um problema: “falou da possibilidade duma «catástrofe ecológica sob o efeito da explosão da civilização industrial», sublinhando a «necessidade urgente duma mudança radical no comportamento da humanidade» – Tiremos nossas próprias conclusões sobre o que aconteceu nas dezenas de anos seguintes.
Paulo VI não estava vendo além do seu tempo e nem Francisco está atrasado, estão ambos, tentando alertar-nos sobre o que não queremos ver.
São João Paulo II também abordou o assunto em diversas oportunidades. A encíclica "Redemptor Hominis" (Redentor dos Homens), adverte que o ser humano parece «não dar-se conta de outros significados do seu ambiente natural, para além daqueles que servem somente para os fins de um uso ou consumo imediatos». Mais tarde, convidou a uma conversão ecológica global.
Por fim, Bento XVI renovou o convite a «eliminar as causas estruturais das disfunções da economia mundial e corrigir os modelos de crescimento que parecem incapazes de garantir o respeito do meio ambiente».
O planeta terra grita por socorro e não seria preciso uma Encíclica para nos alertar sobre isso. Tratar sobre o meio ambiente também em nossas reuniões nos grupos de base é um ponto fundamental. É preciso que nós, jovens, estejamos atentos à pequenos atos, que podem fazer a diferença. Sabemos por acaso como funciona a coleta seletiva de lixo em nossa cidade? Sabemos quais dos nossos colegas do Grupo de Jovens participam da coleta seletiva em casa?
Acaso nos preocupamos em saber o quanto de nossa cidade já possui de saneamento básico e se possui? Eis uma causa pela qual pouco lutamos.
A ideia é refletir, sobre todos os aspectos que envolvem o tema e criar oportunidades sobre isso. Aos coordenadores e lideranças, criem encontros para debater sobre o meio-ambiente, criem ações de limpeza, materiais de reflexão. Que possamos seguir o exemplo do Papa Francisco e de tantos outros que já alertaram o mundo, o qual, continua de olhos fechados.


Este texto possui trechos copiados da Carta Encíclica escrita pelo Papa Francisco.

Leia a Encíclica completa: CLIQUE AQUI

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